A Stellantis colocou para si, uma meta ambiciosa na mesa: 80% de híbridos flex e 20% de elétricos em 2030. Emanuele Cappellano, COO da Stellantis na região, diz categoricamente que a meta é uma “ambição” e, se conhecemos a empresa bem, sabemos que irão mover céus e terra para conseguir o intento. Carlos Tavares, CEO do grupo sediado na Holanda, já deu sinal verde para a nova ambição da Stellantis no Brasil: “As novas tecnologias têm de ser acessíveis à classe média. Se esse consumidor não comprar, não tem volume. O Brasil é privilegiado por ter o etanol e é com base no flex-fuel que desenvolveremos nossa linha de eletrificados no que diz respeito a volumes”. Analisando a posição de Tavares, vemos a inexistência de modelos populares, como o Fiat Mobi. Nas entrelinhas é um “AVA”, como a GM chama na Argentina um carro de “alto valor agregado”. Não só um, temos de pensar em pelo menos três na base de entrada das cinco marcas do grupo por aqui. A classe média não irá de subcompacto elétrico, pelo menos não como primeiro carro. Se o portfólio de Peugeot, Citroën e Fiat não começar pelo MHEV do BioHybrid, não começará. BioHybrid e-DCT para os modelos médios, com plug-in nos topo de linha. Elétricos de compactos a médios no máximo. Isso, logicamente pensando em um portfólio regional. Por ora, a Stellantis ainda não sabe o que acontecerá adiante, já que a hibridização flex dependerá em parte de apoio do governo.